A geociência do Corona-Vírus


Você já se perguntou por que o COVID-19 está repercutindo muito mais que outras pandemias na história contemporânea? Ao contrário da Cólera e do Ebola, que dizimou comunidades inteiras na África, e da Dengue, que aterroriza até hoje populações ribeirinhas e menos favorecida no Brasil, a pandemia do Corona Vírus seguiu o fluxo do capital, começando na segunda maior economia do mundo, a China, partindo diretamente para o velho continente, transmitido por meio de viajantes em voos domésticos, pertencentes às classes sociais mais favorecidas, como empresários e turistas, espalhando-se rapidamente e atingindo em cheio grandes economias ocidentais como a dos Estados Unidos.
O mapa a seguir mostra a concentração da pandemia datada em 20 de março de 2020.

Figura 1: Mapa do COVID-19 no mundo em 22/03/2020.

Fonte: Microsoft Bing. Acesso em https://www.bing.com/covid
Se compararmos o número de mortes causadas pelo COVID-19 em relação ao Ebola, ficaremos impressionados. Segundo dados levantados pela organização MSF - Médicos Sem Fronteiras (https://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/ebola), dos 1.800 casos diagnosticados até 2013, foram 1.300 mortes, o que representa um índice de mortalidade de 72%, contra pouco mais de 2% do Corona-Vírus.
Mas, a questão é: quem está morrendo? Onde moram? O que fazem? Qual sua renda? Respondendo a essas perguntas, chegaremos a uma constatação irrefutável – esta pandemia tem algo a nos dizer. Uma resposta da natureza aos verdadeiros causadores de sua destruição? Um clamor do universo pelo repensar da própria economia, baseada no consumo insustentável? Ou simples acaso?
Ficam essas perguntas para você refletir em casa, pois, afinal, nunca houve tanto tempo para pensarmos na vida e nos rumos que a nossa sociedade está tomando nesses tempos de mudanças tão profundas.
Muita Paz!
David Stephen
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