A TI na Educação
Caro leitor, após uma pequena pausa para rearrumação de alguns projetos, cá estou de volta às mais profundas reflexões acerca de dois fascinantes mundos: TI e Educação. Mas o que tem a ver esses dois setores igualmente importantes da sociedade? De que formas a TI vem contribuindo para o desenvolvimento educacional de nossos povos? Qual o futuro das soluções tecnológicas para a área de Educação?
Não é incomum nos depararmos com esses termos técnicos na literatura de Educação a Distância. Em 1999, no Brasil, começaram os primeiros esforços da TI no sentido de utilizar a Internet como veículo tecnológico para levar a educação para todos, em todos os lugares. Na época não havia banda larga e os conteúdos educativos eram disponibilizados basicamente no formato de texto, com troca de mensagens por e-mail. Este novo paradigma da EAD (Educação a Distância) passou a ser conhecido como e-learning (ensino eletrônico).
A partir de 2003 algumas universidades já tentavam introduzir a multimídia como elemento facilitador do aprendizado, já que os índices de evasão dos cursos a distância eram altíssimos (cerca de 80%). A Unopar iniciou a primeira transmissão de um curso de graduação via satélite. Mais tarde, a I-UVB já congregava uma série de instituições de ensino no sentido de evoluir este método, com destaque para a UnP (Universidade Potiguar). O ensino telepresencial era um misto entre teleaulas via satélite e conteúdos complementares via Web.
No final da primeira década deste milênio, com o advento da banda larga, o satélite foi pouco a pouco substituído pela própria Internet, que já conseguia transmitir imagens com boa resolução e a altas taxas de velocidade, proporcionando ao aluno a mesma percepção das teleaulas, só que com mais interatividade e a custos bem menores. Surgia um novo conceito no mercado de EAD: o blended-learning (ensino multimeios).
Atualmente, com a proliferação dos dispositivos móveis inteligentes (i-Phone, i-Pad, Smart-phone, Tablet/PC, etc), o foco mais uma vez muda de direção. Aplicações para IOS, Androide e Windows Mobile movem o mercado das plataformas de EAD (Educação a Distância), juntando textos, vídeos, animações e muita interatividade dentro de um novo conceito: mobile-learning.
Mas podemos dizer que este é o estado da arte da EAD?
Mas onde iremos parar? Qual o futuro das escolas tradicionais? Como será o professor do terceiro milênio?
Salmon Khan, fundador da Khan Academy, já nos deu uma boa pista para onde a EAD está caminhando, quando conseguiu arregimentar mais de 1 milhão de alunos somente nos Estados Unidos. Para Khan, os estabelecimentos de ensino e a figura do professor passará por profundas transformações se de fato quisermos educar nossos filhos de um jeito eficaz e prazeroso. As salas de aula irão virar laboratórios de ensaios e centros de socialização, onde alunos encontrarão colegas e professores passarão a ser catalizadores da aprendizagem, que se processará a distância em mais de 60% do tempo escolar.
Mais de 10 centros de referência nos Estados Unidos adotaram o sistema da Khan Academy, levando o ensino para a ponta dos dedos dos estudantes, que passam a frequentar essas escolas para exercitar o conhecimento que já foi absorvido anteriormente através de videoaulas e tutoriais.
Se você trabalha com TI e deseja enveredar para um mercado promissor e ascendente, vai aí uma dica preciosa: estude bem as tecnologias de vídeo e design de games. Essas bases tecnológicas serão extremamente importantes para a construção de boas plataformas de EAD para dispositivos móveis e realidade aumentada.
Se você é educador e está preocupado com o futuro de sua carreira, mergulhe no mundo da EAD e entenda melhor como será o perfil do professor do terceiro milênio.
Boa sorte !
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Fotos e imagens:
Figura 1: http://lucianaafonso.blogspot.com.br/
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